Sáb, 06 de Dezembro

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LITERATURA

Rio ganha marca como Capital Mundial do livro, título concedido pela Unesco, e anuncia calendário

Cidade assume o posto a partir do dia 23 de abril

Monumento do Cristo Redentor, no Rio de JaneiroMonumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Rio de Janeiro conheceu, na manhã desta sexta-feira (11), a marca que será usada durante todo o ano para marcar o ciclo da cidade como Capital Mundial do Livro, título concedido pela Unesco.

Ė a primeira vez que uma cidade de língua portuguesa recebe essa honra. A marca foi revelada em cerimônia realizada no Real Gabinete Português de Leitura, no Centro, em cerimônia que contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do prefeito Eduardo Paes, e o presidente da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira.

A marca, em tons de roxo e rosa, remete tanto às montanhas da cidade — impossível não enxergar ali uma menção ao Pão de Açucar — a um livro aberto e ao arco da Apoteose. Nas palavras de Paes:

O Rio se transforma num livro aberto que se estende até a Apoteose. Ao trabalharmos pelo livro fazemos jus à história do Brasil — disse o prefeito em raro discurso... lido.

A ministra Margareth Menezes pediu licença aos presentes e cantou à capela trecho de Fanatismo, música que ficou célebre na voz de Fagner, cuja letra é um poema da portuguesa Florbela Espanca que em um trecho diz:

"Não vejo nada assim enlouquecida

Passo no mundo, meu amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história, tantas vezes lida"

Hoje é um momento marcante para o Rio. Reafirmamos o nosso compromisso com a democratização da leitura nesse lugar glorioso que é o Rio de Janeiro, um farol da cultura, da leitura e da escrita no Brasil — disse Margareth Menezes.

A ministra citou ainda a entrega, prevista para este ano, do Palácio Capenama, joia do modernismo brasileiro e antiga sede só ministério da Educação e Saúde, completamente reformado.

 

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