Dom, 07 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
paralisação

"Se Lula não nos receber, vamos continuar movimento", diz presidente do Sindicato dos Metroviários

Categoria paralisou atividades, se posicionando contra privatização

Luís Soares, presidente do Sindicato dos MetroviáriosLuís Soares, presidente do Sindicato dos Metroviários - Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

No dia em que acontece a paralisação do metrô do Recife, o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luís Soares, reforça o posicionamento da categoria, que se mostra contra a privatização do sistema.

A paralisação das 37 estações da linha elétrica (Centro e Sul), das seis estações da linha diesel e do centro de manutenção de Cavaleiro, em Jaboatão, acontece até às 22h desta quinta-feira (14), quando o presidente Lula (PT) vem a Pernambuco. Segundo Soares, Lula se mostrava contra a privatização, durante campanha presidencial, em 2022, e hoje teria mudado o discurso.

“A gente acredita que precisa recuperar o sistema que está degradado. Temos condições de fazer isso, através do Governo Federal, que tem aporte suficiente para fazer essa requalificação. A gente defende também uma tarifa social. Por isso que em 2021 teve o último aumento, pela nossa luta, chegando a R$ 4,25. De lá para cá não teve mais nenhum aumento”, declarou.

Para Luis, a categoria defende uma tarifa social de R$ 2 e pede mais eficiência no sistema. Ele afirma que uma comissão do sindicato tenta diálogo com Lula, através de reunião para convencer o chefe do Executivo a investir no metrô, ao invés de concedê-lo à iniciativa privada. Caso contrário, uma greve não é descartada.

“A paralisação vai até às 22h. Caso o presidente Lula não nos receba, a gente vai continuar fazendo o movimento. Estamos com uma campanha midiática na rua (LED e outodoor). A gente vai para a televisão, rádio, recorrer a blogueiros e influencers para que possamos dialogar com ele, mostrando que o governo Lula não está comprometido com a promessa dele e a gente vai insistir nessa possibilidade”, acrescentou.

Ainda segundo Soares, caso nada mude, em 15 dias a categoria será chamada para uma nova assembleia, em estado de greve, que decidirá sobre novas paralisações.

“Em caso de privatização, se o sistema está ruim vai piorar muito mais e ainda vai aumentar a passagem, como aconteceu em Belo Horizonte. Era um sistema bem melhor do que o nosso, hoje está cada vez pior e atendendo em péssimas condições. A passagem que era R$ 4,10 passou para R$ 5,30 e agora foi para R$ 5,80. A gente não quer isso para nossa população”, finalizou.

Veja também

Newsletter