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DESPEDIDA

Sepultamento de mãe e filha soterradas em deslizamento de barreira no Recife é marcado por tristeza

Corpos foram velados em Cemitério de Casa Amarela, Zona Norte do Recife

Velório acontece no Cemitério de Casa AmarelaVelório acontece no Cemitério de Casa Amarela - Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

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Amigos e familiares enfrentaram a triste dor da despedida da técnica de enfermagem Maria da Conceição Braz de Melo, de 51 anos, e da filha, a fisioterapeuta Nikolle Keli de Melo Souza, 23, que foram sepultadas, no Cemitério de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, às 14h05 desta sexta-feira (7). Elas foram enterradas lado a lado.

  • Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
    Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
  • Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
    Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
  • Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
    Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
  • Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
    Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
  • Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco
    Familiares se despedem das vítimas da tragédia | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

As duas morreram soterradas após deslizamento de barreira no Córrego da Bica, também na Zona Norte da Cidade, ainda nas primeiras horas da quinta-feira (6).

Mãe (esquerda) e filha (direita) dormiam na hora da tragédia | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O filho de Maria, Pedro Vinicius, não estava em casa, na hora do acidente. Ele trabalhava em um posto de gasolina, na BR-101. As duas dormiam no momento.

Veja o vídeo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Gratidão pela vida de Nikolle
Familiares das vítimas não quiseram gravar entrevista. Porém, a dona de casa Irani Paixão Barbosa, 55, relatou que conheceu Nikolle, que concluiu, em dezembro de 2024, o estágio em fisioterapia, no Centro de Reabilitação e Valorização da Criança (Cervac), no Morro da Conceição, Zona Norte da Capital.

Na instituição, Nikolle cuidava de João Gabriel, 12 anos, filho de Irani, que fez questão de falar sobre os bons cuidados e da saudade que ficará da jovem. João, que não fala e nem anda, segundo Irani, ficou perplexo, fitado na televisão, quando viu a notícia da morte da professora dele.

Irani conheceu NikolleIrani conheceu Nikolle | Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

“Quando eu olhei para a TV, vi que era Nikolle, a médica de Gabriel. Foi um impacto muito grande. A partir do momento que eu gritei, ele [a criança] olhou para a televisão e também recebeu um impacto muito grande diante disso”, contou ela.

No local onde estagiava, complementa Irani, Nikolle era dedicada aos serviços. “Ela fazia um coraçãozinho centralizado à boca, para chamar a atenção das crianças. Meu filho ficava olhando para ela, que conseguia cativar muito as crianças. Com isso, ela abria um leque de relaxamento com os pequeninos. Tanto que as crianças se identificavam com ela, porque elas [as crianças] relaxavam com ela [Nikolle] para, então, seguirem o tratamento”, finalizou a mãe de João.

Cervac se pronuncia
Nas redes sociais, a instituição em que Nikolle estagiou se pronunciou, lamentando o falecimento da jovem.

"Nikolle atuou com dedicação e cuidado com nossas crianças, sempre exercendo seu papel com amor, alegria e comprometimento. Nossos sentimentos à família, amigos e a todos que tiveram o privilégio de conviver com ela", diz o Cervac.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Defesa Civil vistoria local
Mais cedo, a Defesa Civil do Recife vistoriou o local. Eles avaliam o risco de novo incidente no ponto, e já precisaram desocupar 45 imóveis.

De acordo com a gerente geral de engenharia da Codecir, Elaine Hawson, as famílias vivem na área próxima onde ocorreu o deslizamento, e estão em risco. Com isso, elas foram remanejadas para abrigos da Prefeitura ou casa de parentes, enquanto os agentes concluem o trabalho.

"Os moradores estão recebendo todo o auxílio, desde a remoção até à mudança. Estamos encaminhando essas pessoas para um local seguro. A Prefeitura também ofertou abrigo público, no entanto essas pessoas preferiram casas de parentes ou de amigos próximos", frisou. 

Todas essas famílias, explicou Hawson, vão ser incluídas no benefício de auxílio moradia da Prefeitura.

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