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Alckmin afirma que governo não vai desistir de baixar tarifa dos EUA

Vice-presidente também falou em incluir mais produtos na lista de exceções

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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O vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado que o governo não vai desistir de baixar a alíquota de importação de produtos brasileiros para os Estados Unidos. Segundo ele, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é seguir negociando para reduzir o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump, além de tentar incluir mais produtos na lista de exceções.

— Nós não vamos desistir de baixar essa alíquota e incluir mais produtos (nas exceções) — afirmou.

A fala de Alckmin ocorreu em um debate sobre a conjuntura política nacional e internacional na sede nacional do PT, em Brasília, neste sábado. O evento foi transmitido nas redes sociais. O vice presidente classificou a taxação como "injustificada" frente ao superávit dos EUA na relação com o Brasil que em 2024 ultrapassou US$ 25 bilhões.

—Não tem a menor justificativa colocar essa tarifa — disse.

Em entrevista a Miriam Leitão, na Globo News, Alckmin  admitiu que a última conversa com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, ocorreu há algumas semanas, porém, disse que insiste no diálogo entre as áreas técnicas.

Durante o debate na sede do PT, Alckmin afirmou que 42% dos produtos ficara da alíquota de 50%, enquanto 16% foram incluídos em taxas que também são aplicadas a outros países, como aço, alumínio e cobre. No entanto, 37% dos produtos brasileiros foram alvo de sobretaxa mais pesada, como carnes, café, pescado, frutas, máquinas e equipamentos.

— Esses são os que sofrem mais. Porque comida ou carne, se não vender lá, vou ter outro mercado. Agora, produto manufaturado é mais difícil de realocar. Acaba realocando, mas demora um pouco mais — explicou.

Alckmin afirmou que o governo tem buscado abertura de novos mercados por meio de acordos comerciais e citou tratativas do Mercosul com o EFTA (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), Cingapura e Emirados Árabes Unidos.

 

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