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Saúde

Paolla Oliveira: sem querer se encaixar em rótulos e padrões, atriz congelou os óvulos aos 35 anos

Após cerca de cinco anos, a artista anunciou o fim de seu relacionamento com o cantor Diogo Nogueira

Paolla Oliveira - rótulos e padrões, levaram a atriz a decisão de congelar os óvulosPaolla Oliveira - rótulos e padrões, levaram a atriz a decisão de congelar os óvulos - Foto: Instagram/Reprodução

A atriz Paolla Oliveira e o cantor Diogo Nogueira anunciaram, nesta segunda-feira (22), o fim do relacionamento após quase cinco anos juntos. No comunicado, publicado de forma conjunta nas redes sociais, ambos explicam que a decisão foi tomada de forma madura e respeitosa.

“Foram quase cinco anos de uma história que agora chega a um final feliz, não como nos contos, mas como foi tudo na nossa vida: real, intenso e cheio de amor”, escreveram.

Os dois falaram que não houve um motivo específico pelo término e nem um rompimento brusco. Em 2019, em uma entrevista para a revista ELA, Paolla afirmou que não tinha vontade de casar. “Levo a vida sem a obrigação de ter que estar em algum lugar. E, mais importante, não gosto de ter que me encaixar em rótulos, padrões. Essa pressão me incomoda como uma roupa apertada”, disse na época.

Esses rótulos e padrões, foram, por exemplo, que levaram a atriz a decisão de congelar os óvulos. Segundo ela, “para não ficar à mercê do tempo, tratei de me cuidar e fiz. Não é um procedimento muito legal, tomei muito hormônio, a dose máxima. Agora estou bem, feliz e ponto”. Na época, ela ainda afirmou que não queria ter filhos e que ela iria decidir a melhor hora para isso.

Há anos, a decisão, que envolve uma série de cuidados médicos e etapas complexas, reflete uma tendência crescente de planejamento reprodutivo consciente, permitindo que a mulher tenha maior controle sobre o momento de engravidar.

Como é realizado?
Apesar de ser uma técnica segura e eficaz, especialistas afirmam que o congelamento de óvulos exige acompanhamento rigoroso. O procedimento consiste na criopreservação dessas células em nitrogênio líquido a uma temperatura de -196°C.

O procedimento pode ser indicado por razões médicas, como antes de tratamentos oncológicos que possam afetar os ovários, em casos de doenças que podem causar falência ovariana prematura, ou ainda por motivos pessoais, como o desejo de adiar a maternidade por questões profissionais, emocionais ou pela ausência do parceiro ideal.

Antes de começar o tratamento, a mulher precisa fazer uma série de exames a pedido do médico, com os resultados em mãos e o organismo apto para começar, a paciente precisa tomar pílulas anticoncepcionais por uma a duas semanas para suprimir temporariamente os hormônios naturais. Depois, ela passa por uma estimulação ovariana com injeções hormonais durante aproximadamente 10 dias para amadurecer vários óvulos simultaneamente.

Só após essas etapas é que a coleta é realizada. Segundo especialistas, o procedimento é feito sob sedação, em que uma agulha guiada por ultrassom é inserida na vagina para aspirar os óvulos, que são imediatamente congelados.

Efeitos colaterais
Embora o procedimento seja considerado seguro, efeitos colaterais podem ocorrer devido à estimulação hormonal. Entre os sintomas mais comuns estão dor de cabeça, instabilidade emocional, inchaço, náusea e dor muscular. Ainda segundo os médicos, os sintomas desaparecem após o fim do tratamento hormonal.

Não existe uma idade limite para realizar o congelamento, mas o ideal é que ele aconteça até os 35 anos, quando a qualidade dos óvulos ainda está mais preservada.

Congelam, mas não voltam
Um número maior de mulheres está procurando congelar seus óvulos e optando pelo procedimento cada vez mais jovens, aponta um novo estudo realizado pela UCLA Health. Entretanto, é cada vez menor o número de mulheres que voltam para usá-los.

A pesquisa apontou que o número de ciclos planejados de congelamento eletivo de óvulos quase quadruplicou entre 2014 e 2021 — aumentando de 4.153 para 16.436. Apesar desse aumento, apenas 5,7% das mulheres que congelaram seus óvulos entre 2014 e 2016 retornaram ao uso desses métodos dentro do período de acompanhamento do estudo, de 5 a 7 anos.

As taxas de retorno foram mais altas entre as mulheres que congelaram óvulos entre 38 e 42 anos, com 7,9% das que tinham entre 38 e 40 anos e 8,0% das que tinham entre 41 e 42 anos retornando para usá-los.

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