Celulares intermediários estão deixando de ser intermediários?
Executivo da Samsung esclarece dúvidas sobre futuro dos aparelhos móveis
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Os celulares intermediários parecem estar se aproximando cada vez mais dos modelos considerados topo de linha. A transformação pode ser vista, principalmente, em termos de funcionalidade e design, seja a compatibilidade com a nova rede de internet 5G ou recursos de câmera mais elaborados, como estabilização óptica ou Modo Noturno. Mas será que a adição dessas ferramentas fazem com que os aparelhos, entre os modelos de entrada e os celulares premium, deixem de ser uma opção acessível ao consumidor?
Para Renato Citrini, gerente sênior de produto da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil, a chegada de novas tecnologias aos celulares intermediários é um atrativo a mais para o consumidor experimentar o que oferece uma experiência de alta performance.
"Quando você olha os usuários, e a gente conversa muito com o consumidor, as pessoas buscam sempre um celular melhor do que tem. É difícil ver uma pessoa que quer dar um passo para trás, e isso abre espaço para novas tecnologias", explica o executivo.
Para Citrini, a faixa que divide celulares intermediários e topos de linha ainda é muito clara, e a chegada das novas tecnologias entre uma categoria e outra, mesmo com um acréscimo no valor dos aparelhos, não espanta o consumidor, pelo contrário. "A gente lança nos produtos premium, e essas tecnologias vão ganhando escala, assim conseguimos trazer essas funcionalidades para produtos mais intermediários", conta, ressaltando haver opções para todos os bolsos.
Gostinho de topo de linha
Galaxy A53 5G é uma das opções que trazem mais recursos para os consumidores. Foto: Katarina Bandeira/Folha de PernambucoCitrini conta que, no caso da sul-coreana, há um esforço para que as novidades lançadas nos produtos da linha S (categoria premium da Samsung) sejam lançadas na linha A (intermediários), em sequência, respeitando as capacidades de cada celular e que há modelos de entrada mais acessíveis ao orçamento do consumidor. No caso da Samsung, ele cita os novos modelos A34 5G e A54 5G, anunciados em março deste ano, tratados como exemplos de como a empresa vem trabalhando para inserir modelos mais robustos no mercado, sem um impacto grande no valor.
"O grande passo que as pessoas buscam atualmente é o 5G. As pessoas observam que vem uma tecnologia nova chegando, pode não ter na minha cidade hoje, mas o consumidor quer fazer parte disso", revela. A presença de recursos como Nightography, Inteligência Artificial para melhoria das imagens, estabilização óptica de imagem (OIS) aprimorada e estabilização de imagem digital de vídeo (VDIS), também aparecem como diferenciais dos modelos que custam R$2.069,10 e R$2.609,10, respectivamente.
"Acho que o o intermediário está ficando mais robusto, com mais recursos. Ele está ganhando força", afirma e ressalta que, mesmo com as melhorias é possível notar as diferenças entre as categorias. Para o gerente, é importante pensar em manter os smartphones atualizados por mais tempo, porque isso aumenta o tempo no mercado, mesmo que mude de dono. "Uma coisa que as pessoas consideram é privacidade e segurança, além do seu sistema operacional atualizado", diz.
Atualmente, os celulares da marca oferecem quatro anos de sistema operacional e cinco de atualizações de segurança, contando com características mais sustentáveis do que no passado. "Às vezes essa percepção vem de um modo suave, mas na hora que você tenta dar o passo para trás ou ver como era antes, é aí que você percebe a diferença", finaliza.



