Fresta: festival de filmes analógicos começa nesta quarta-feira (27)
Programação conta com 65 títulos, ocupando o Cinema São Luiz e o Cinema do Museu (Fundaj)
Em tempos digitais, o Fresta - Festival Internacional de Cinema Analógico de Pernambuco nasce para o público como uma celebração à memória do audiovisual e à criação cinematográfica em película. Primeiro evento no Nordeste com esse recorte, a iniciativa exibe 65 filmes produzidos em super 8, 16mm e 35mm, de hoje até domingo (26), nas salas do Cinema São Luiz e Cinema do Museu (Fundaj).
Com ingressos gratuitos distribuídos pela plataforma Sympla, a programação é dividida entre mostras especiais e competitivas. Escolhidos pela curadoria do festival, os títulos vêm de diversas partes do mundo. Entre os curtas-metragens em competição, há 15 nacionais e 12 internacionais.
Em sua edição de estreia, o Fresta presta uma homenagem póstuma ao pernambucano Fernando Spencer, que faleceu em 2014. Conhecido como o “cineasta das três bitolas”, o jornalista e diretor de cinema deixou uma extensa produção de filmes nos três formatos analógicos, sendo um dos principais nomes do ciclo de super 8 no Recife.
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A obra de Spencer será reverenciada em uma sessão especial, que ocupa o Cinema do Museu na sexta-feira, às 15h30. Na ocasião, serão apresentados os documentários “Vicente é o Galo” (1974), “Estrelas de Celulóide” (1987), “História de Amor em 16 Quadros por Segundo” (1989) e “Cinema Glória” (1979).
O Cinema São Luiz vai sediar a abertura do evento, hoje, a partir das 15h30. Na sessão inaugural, será exibido “O Tubérculo” (2024), de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune. Raro exemplar contemporâneo filmado em super 8, a ficção conta a história de um ator que deixa Lisboa e volta para o Brasil, após sua avó morrer com sintomas que a impediram de dormir.
Um dos destaques da programação é a presença de cópias em 35mm de importantes títulos do cinema nacional, como “O Palhaço” (2011), de Selton Mello; “Retratos Fantasmas” (2023), de Kleber Mendonça Filho; e “Eles Voltam” (2012), de Marcelo Lordello.
O encerramento fica por conta de uma sessão de filmes de obras do diretor pernambucano Paulo Caldas no Cinema São Luiz. Pela primeira vez, será exibida a cópia restaurada do curta em super 8 “Morte no Capibaribe” (1983).
*Com informações da assessoria de imprensa

