Herança de Preta Gil inclui direitos autorais por obra musical; entenda quem ficará com os bens
Filho da artista, Francisco Gil deve gerir patrimônio deixado pela cantora
Em mais de duas décadas de carreira, Preta Gil lançou quatro álbuns de estúdio e, entre parcerias e singles, acumulou 271 gravações cadastradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), como informa a instituição. O legado musical da cantora — que morreu aos 50 anos, no último domingo (20), em decorrência de um câncer — deve ficar sob administração do único filho da artista, o também cantor Francisco Gil, da banda Gilsons, como explicam advogados.
De acordo com a legislação brasileira, os direitos patrimoniais de um autor — e também intérprete, no caso de uma canção — devem ser geridos por seus herdeiros diretos, os únicos com poder de realizar o uso comercial, a reprodução e a distribuição das obras. Os direitos perduram por 70 anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento.
No caso de Preta Gil — que, além de cantora e compositora, era empresária e fundadora da agência Mynd —, esse prazo se iniciará em 1º de janeiro de 2026, estendendo-se até o fim de 2095. Dessa forma, Francisco Gil, o único herdeiro direto da artista, poderá ser inserido como sócio da marca ou passar a receber a cota que cabia à mãe, como detalham advogados.
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Mais conhecido pelo apelido de Fran, o cantor e músico Francisco Gil, de 30 anos, é o único herdeiro de Preta Gil e esteve junto da mãe até os últimos dias de vida dela. Ele ficou ao lado de Preta durante todo o tratamento contra o câncer, dividindo o tempo entre a carreira artística e os cuidados com a família e a namorada. Ele é pai de Sol Maria, de 9 anos, e mantém um relacionamento com a ex-BBB Alane Dias, de 26 anos.
Fruto do antigo relacionamento de Preta com o ator Otávio Muller, de 59 anos, Francisco é um dos integrantes do trio Os Gilsons, composto por ele, José Gil (seu tio) e João Gil (seu primo), todos descendentes do cantor Gilberto Gil.
O nome do grupo, que vem se destacado com um dos expoentes daa nova geração da MPB, é uma homenagem à família e à sonoridade herdada do avô, uma vez que une o sobrenome "Gil" à palavra inglesa "sons", que significa 'filhos" em português.
Donos de números cada vez mais robustos nas plataformas de streaming, os três transitam entre pop, MPB e ritmos afro-baianos, com um suingue aliado a beats e levadas modernas. Seu hit de estreia "Várias queixas" (originalmente do Olodum), lançado em 2019, já foi ouvido quase 70 milhões de vezes no Spotify.

