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''Profissão Repórter'' estreia nova temporada como principal renovador do jornalismo da Globo

o programa idealizado e comandado por Caco Barcellos foi criado como quadro do ''Fantástico'', em 2007

Caco Barcellos comanda o ''Profissão Repórter'' para mais uma temporadaCaco Barcellos comanda o ''Profissão Repórter'' para mais uma temporada - Foto: TV Press/Divulgação

O ''Profissão Repórter'' está sempre em constante renovação e se tornou um celeiro de destaques e novos talentos do jornalismo da Globo. Marcado pela inquietação, o programa idealizado e comandado por Caco Barcellos chega a mais uma temporada disposto a manter seu nível elevado e de olho em novas formas de incitar o fazer jornalístico.

Criado como quadro do ''Fantástico'', em 2007, e fixado na grade da emissora um ano depois, o programa resiste bravamente como uma das poucas opções instigantes e, aparentemente, independentes dentro da emissora. Experiente, Caco Barcellos consegue manter o formato do programa sem soar repetitivo, onde, a cada semana, pequenas equipes de reportagens se dividem para mostrar lados diferentes de um mesmo assunto.
 

O diferencial do ''Profissão Repórter'' reside não só na atualidade de seus temas, mas em como Caco e sua equipe pensam cada edição. Com integrantes recém-formados, a curiosidade se mantém na ordem do dia do programa. E, em vez de sair com a pauta pronta da redação, o que se percebe é surpresa, aprendizado e vontade de mostrar os diversos lados de assuntos espinhosos. Como forma de ampliar seu jeito de informar, a nova temporada aposta no projeto ''Mochilão'', onde as equipes viajam para lugares de difícil acesso, e também investe em pontos de vistas mais abrangentes, com direito a viagens internacionais.

O episódio de estreia, por exemplo, foi até Londres, na Inglaterra, para exibir o cotidiano de motogirls brasileiras que trabalham na capital inglesa. Sem esquecer de casa, a edição que retratou os contrastes da rotina de trabalho de homens e mulheres sobre duas rodas também passeou pelo Capão Redondo, em São Paulo, e a Rocinha, no Rio de Janeiro.

A equipe dribla possíveis limitações e obviedades com a qualidade de questionamentos e personagens. Ao contrário de outros tantos programas de reportagem da tevê aberta, é raro ver um personagem escondido por trás de imagens desfocadas ou tarjas. Sinal de que a usual coerência do ''Profissão Repórter'' acaba por encorajar seus entrevistados.

Todo o bom material jornalístico ainda conta com uma equipe de edição que sabe que não tem tempo a perder com firulas. Sendo assim, o programa deixa floreios como sonorização dramática e momentos mais sensacionalistas para os concorrentes. Sincero e cru, no ''Profissão Repórter'' quem brilha mesmo é a notícia.

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