Relembre músicas que são de Arlindo Cruz e que ficaram famosas nas vozes de outros artistas
Artistas como Maria Rita, Mart'nália, Beth Carvalho e Monobloco gravaram canções do compositor, que morreu aos 65 anos
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Em sua vasta obra de mais de 700 músicas compostas na carreira, Arlindo Cruz tem aquelas canções que, por terem ficado famosas nas vozes de outros artistas, não costumam ser associadas a ele. O compositor — que morreu nesta sexta-feira, aos 66 anos — se consolidou como um dos maiores hitmakers do samba.
A seguir, relembra algumas canções de Arlindo Cruz que foram sucesso com outras vozes.
"Boto meu povo na rua"
De Arlindo, Acyr Marques e Ronaldinho, se tornou um dos maiores sucessos da carreira de Mart'nália. É a sexta faixa do disco "Menino do Rio", o segundo de Mart'nália, e que também traz os hits "Cabide", de Ana Carolina, e "Pretinhosidade", dela com Mombaça. Em "Boto meu povo na rua", o eu lírico, apaixonado e chateado porque seu amor ainda não voltou pra casa, ameaça apelar para oferendas e orixás. "Eu boto um litro de cachaça / Farofa de mel e dendê / Na rua onde você passa / Feitiço pra amarrar você", diz a canção.
"Alto lá"
A música é de Arlindo, Sombrinha e Zeca Pagodinho, mas ganhou projeção na voz do último, que incluiu a faixa no seu disco "Água da minha sede", de 2000. O samba, que fala de um homem inconformado com as calúnias que vem sofrendo de um ex-amor, é uma das várias parcerias entre Zeca e Arlindo.
"Tá perdoado"
No álbum "Samba meu", de 2007, Maria Rita gravou simplesmente seis músicas de Arlindo Cruz: "Maltratar não é direito" (com Franco), "Num corpo só" (com Picolé), "Pra declarar minha saudade" (com Jr. Dom e Leandro Sapucahy), "O que é o amor" (com Fred Camacho e Maurição), "Trajetória" (com Franco e Serginho Meriti) e "Tá perdoado" (com Franco). Esta última acabou ficando mais conhecida, se tornando hit fundamental no repertório dos shows da cantora.
'Rumo ao infinito'
Outra música de Arlindo que ficou eternizada na voz de Maria Rita. Apareceu pela primeira vez no álbum "Coração a batucar", de 2014. Parceria de Arlindo com Fred Camacho e Marcelinho Moreira, a canção fala de um casal que passa por um momento difícil e que busca a reconciliação.
'Camarão que dorme a onda leva'
Verdadeiro hino do partido-alto, a canção feita por Arlindo, Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho já foi gravada por diversos artistas. A versão mais lembrada talvez seja a de Beth Carvalho, que a gravou para o seu disco "Suor no rosto", de 1983.
"Samba de arerê"
Fruto da parceria entre Arlindo, Xande de Pilares e Mauro Macedo Costa Jr., o samba já foi gravado por Beth Carvalho, pelo grupo Revelação e pelo Monobloco, entre outros artistas. Uma ode ao gênero e ao seu poder transformador. "Pra curar o desamor / E a tristeza afastar / Você que nunca sambou / Se liga, tem que sambar", aconselha a letra.

