Dom, 07 de Dezembro

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Motta diz que urgência para sustar decreto do IOF é "recado claro" e responde Haddad

Câmara aprovou requerimento para acelerar tramitação de proposta

Presidente da Câmara dos deputados, Hugo MottaPresidente da Câmara dos deputados, Hugo Motta - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta segunda-feira que o requerimento de urgência para um projeto que cancela o decreto do governo que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi uma "resposta da sociedade". Foram 346 votos a favor e 97 contra de um total de 257 mínimos necessários para uma proposta como essa avançar.

"346 votos. Um recado claro da sociedade — a Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto", escreveu, nas redes sociais.

Parlamentares, inclusive da base do governo, têm criticado o pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também contribui para a pressão do Poder Legislativo uma insatisfação com o ritmo na liberação de emendas, entre elas as que são de execução obrigatória.

 

A urgência acelera a votação do projeto, que agora pode ser pautado direto em plenário, sem passar pelas comissões. Apesar disso, não há previsão de quando o mérito deverá ser votado. Havia uma movimentação de parte da Câmara para que a proposta fosse votada ontem, logo após a aprovação da urgência.

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Motta também respondeu, sem citar nomes, um comentário do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O chefe da equipe econômica disse, na semana passada, que propostas como o IOF miram os “moradores de cobertura”, pessoas de alta renda que hoje se beneficiam de isenções no mercado financeiro e em apostas.

"Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio. Nao é hora de medir forças. É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável", disse Motta.

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