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Investigação

Justiça argentina revista sede da AFA e de outros clubes por suspeita de lavagem de dinheiro

"Até o momento, foram realizadas entre 25 e 30 buscas em clubes de futebol e residências particulares", indicou a fonte

Até o momento, foram realizadas entre 25 e 30 buscas em clubes de futebol e residências particularesAté o momento, foram realizadas entre 25 e 30 buscas em clubes de futebol e residências particulares - Foto: LUIS ROBAYO/AFP

A polícia argentina realizou buscas na sede da Associação de Futebol Argentino (AFA) e em vários clubes nesta terça-feira (9), como parte de uma investigação de lavagem de dinheiro, poucos meses antes da seleção nacional defender seu título mundial.

A ordem judicial incluiu o prédio da AFA em Ezeiza, ao sul de Buenos Aires, onde a seleção costuma treinar, e as sedes do Racing Club, San Lorenzo, Independiente e Banfield, entre outros, no âmbito de mais de 30 operações simultâneas, segundo a fonte policial.

“Até o momento, foram realizadas entre 25 e 30 buscas em clubes de futebol e residências particulares”, indicou a fonte.

A Justiça busca obter informações contábeis sobre a empresa financeira Sur Finanzas, patrocinada por vários clubes e suspeitas de manobras fraudulentas.

Em novembro, a Direção-Geral Tributária apresentou uma denúncia judicial contra a empresa por suposta evasão de mais de 800 bilhões de pesos (quase R$ 3 bilhões, na cotação daquele mês).

A empresa financeira em questão participou de inúmeras operações no futebol argentino e pertence ao empresário Ariel Vallejo, próximo ao presidente da AFA, Claudio Tapia.

Em 2024, a Sur Finanzas foi patrocinada oficial da Liga Profissional e da seleção argentina de futebol.

Segundo meios de comunicação locais, a Justiça tenta determinar se a empresa operava com supostas laranjas e concedia empréstimos aos clubes em troca, por exemplo, de direitos de transmissão.

Um dos tempos investigados, os Excursionistas, emitiram um comunicado nesta terça-feira negando qualquer "relação societária, financeira" e "administrativa" com a companhia investigada.

Acrescentou, ainda, que “o único vínculo existente com tal empresa foi um acordo de patrocínio, nos termos habituais em que uma instituição celebra convênios comerciais para a manutenção de atividades esportivas e sociais”.

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