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VIRADA

A dois dias da virada do ano, Cabo Frio anuncia que não terá espetáculo de fogos após decisão da Jus

Notícia gerou polêmica entre moradores e turistas que escolheram a região para celebrar a chegada de 2024

Queima de fogos em OlindaQueima de fogos em Olinda - Foto: Pedro Valadares/Prefeitura de Olinda

A prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado, anunciou que a cidade não terá espetáculo com fogos de artifício na virada para 2024 faltando dois dias para a festa. Em pronunciamento oficial, ela frisou que a cidade é conhecida por ter, tradicionalmente, a segundo maior de queima de fogos do estado. Este ano, no entanto, a atração ficou de fora da lista.

A notícia chega depois de decisão da Justiça para que o município não realizasse a queima de fogos, acatando recomendação feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). De acordo com os documentos, a prefeitura de Cabo Frio havia lançado edital para contratar a empresa que faria o show pirotécnico do réveillon, mas não incluiu nenhuma observação sobre a necessidade dos fogos não produzirem estampido (som forte), conforme consta nos termos da Lei Municipal 3.632/2022.

"Observa-se que o edital do certame n. 043/2023, cujo escopo é a contratação de empresa especializada para realização de show pirotécnico, coreografado, sincronizado e simultâneo, com fornecimento de material, a ser realizado em balsas flutuantes para o réveillon 2023/2024, não apresenta qualquer indicativo de que a contratação seguirá o regramento da Lei Municipal 3632/2022", diz a decisão assinada pela juíza Anna Karina Guimarães Francisconi.

Em caso de descumprimento da lei, que permite somente a soltura de artefatos com baixo estampido, a Prefeitura teria que pagar multa de R$ 500 mil e a prefeita, R$ 250 mil. A prefeita tentou revogar a lei, mas não conseguiu. Depois da decisão, Magdala Furtado usou seu perfil oficial nas redes sociais para comunicar o cancelamento dos fogos.

"Infelizmente, por conta de uma retaliação politica cruel, nossa cidade fica sem fogos de artifício no réveillon. Como prefeita, tenho a responsabilidade de tomar decisões dentro do escopo legal. Infelizmente, fomos impedidos pela presidência da câmara de vereadores que não colocou em votação o nosso projeto", escreveu.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A notícia pegou muita gente que se preparava para a virada do ano na maior cidade da Região dos Lagos de surpresa. Nos comentários do pronunciamento da prefeita, por exemplo, um debate sobre a novidade para este ano se instaurou:

"Por que não comprou fogos com baixo estampido? Por que não cumpriu a lei?", quis saber um internauta. "Se respeitasse a lei municipal, já estaria preparada para o réveillon com fogos sem barulho", disse outro seguidor. "Poxa, muito triste. Nossos municípios vizinhos todos terão (queima de fogos). Mas se não deu, fazer o que", lamentou um terceiro. "A nossa prefeita quer a queima de fogos, só que existem outras pessoas por trás que são contra, que são os vereadores….", defendeu um apoiador.

 

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