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RIO DE JANEIRO

Ex-vereador, médico é investigado por morte de paciente após procedimento estético em varizes

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados a Armando Marins

Médico Armando Marins, ex-vereador de São Gonçalo (RJ)Médico Armando Marins, ex-vereador de São Gonçalo (RJ) - Foto: reprodução/Instagram

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de uma paciente após procedimento estético realizado pelo médico Armando Marins, ex-vereador de São Gonçalo. Uma operação coordenada pela 78ª Delegacia de Polícia (Fonseca) foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, com cumprimento de mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados ao profissional — a clínica onde atendia, em São Gonçalo, e sua residência, em Niterói.

Conforme apontam as investigações, a vítima, identificada pela TV Globo como Priscila dos Santos Nascimento, morreu após um tratamento estético para varizes. A suspeita é de que o procedimento tenha sido realizado com medicamento vencido e possivelmente adulterado.

O uso do produto teria provocado uma infecção generalizada, levando à morte do paciente após o tratamento, realizado no início de março.

Nas redes sociais, Armando Marins se apresenta como endocrinologista com especialização em medicina esportiva, nutrologia ortomolecular e estética.

Cassação de mandato
Além da atuação na área da saúde, teve trajetória política na Câmara Municipal de São Gonçalo, onde exerceu mandato até 2023. Em março daquele ano, o Jornal Extra noticiou que a Justiça Eleitoral havia determinado a cassação de seu mandato por fraude nas eleições de 2020. A decisão apontou o uso de candidatas “laranjas” pelo partido para cumprir a cota mínima de 30% de mulheres nas chapas proporcionais.

No caso atual, além da suspeita de negligência médica, Marins também é investigado por obstrução de justiça. Segundo a Polícia Civil, há indícios de que ele tenha adulterado prontuários médicos com o objetivo de encobrir responsabilidades. Funcionários da clínica também estariam envolvidos na suposta fraude documental.

Todo o material apreendido na operação desta sexta-feira será analisado pelos investigadores da 78ª DP, que ainda devem realizar novas diligências nos próximos dias. Em nota, a Polícia Civil trabalha para esclarecer completamente as circunstâncias da morte e as possíveis responsabilidades criminais do médico e de outros envolvidos.

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