Manifestantes bloqueiam via sentido Recife do Cais do Apolo no final da manhã desta segunda (22)
A CTTU esteve no local orientando os condutores a realizarem o desvio em frente ao Forte do Brum, pelo Canteiro Central
O trânsito no Cais do Apolo ficou complicado no final da manhã desta segunda-feira (22). A via principal e de mesmo nome foi bloqueada em frente ao prédio da Prefeitura do Recife, sentido centro da capital, por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Sem-Teto em Pernambuco (MTST-PE).
A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) esteve no local orientando os condutores a realizarem o desvio em frente ao Forte do Brum, pelo Canteiro Central.
Pauta
Os manifestantes cobravam diálogo urgente com a prefeitura sobre duas pautas: a regularização da Ocupação 8 de março, que abriga cerca de 300 famílias desde setembro de 2021, e a garantia jurídica da Cozinha Solidária Vila Santa Luzia junto com a ocupação Companheiro Lorenzon, iniciativa localizada no bairro da Torre e que desde 2021 oferece refeições para cerca de 120 famílias na hora do almoço.
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Eles foram atendidos pelo secretário de Habitação do Recife, Felipe Cury, ainda no final da manhã. De acordo com a coordenadora do MTST-Brasil, Isis Souza, conseguiram estabelecer um bom diálogo com a gestão em uma "boa reunião".
"Conseguimos o comprometimento da prefeitura com os termos que precisam ser assinados para liberar a obra da construção do Habitacional do Cordeiro, para onde a maioria dessas famílias vão. O secretário mostrou que os termos já foram assinados, e a obra já pode iniciar. Com relação à 8 de maio né, a gente saiu com esse comprometimento de que a prefeitura junto a PGR, encaminhe esse processopara culminar na desapropriação do terreno. E aí a gente vai poder, é, submeter o projeto do Minha Casa, Minha Vida, entidade para essas famílias na ocupação onde elas moram, onde elas vivem", detalhou a coordenadora.
O que diz a Prefeitura do Recife?
Por meio de nota oficial, a Prefeitura do Recife (PCR) informou que, nos últimos seis meses, foram iniciadas as construções de nove conjuntos habitacionais em diversas áreas da cidade, com quase 2 mil unidades e investimentos da ordem de R$ 350 milhões, ampliando o acesso à moradia digna para cerca de 10 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A gestão municipal reforça que mantém diálogo permanente com movimentos sociais que atuam na cidade, incluindo o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), e que representantes da organização foram recebidos nesta segunda-feira (22).
A PCR ainda ressalta que projetos habitacionais vinculados ao MTST no Recife passaram regularmente pela análise e aprovação do município, conforme as atribuições legais da gestão municipal, com apoio técnico e celeridade por parte da Secretaria de Habitação.
Em relação à Ocupação Companheiro Lorenzon, no Engenho do Meio, a gestão informa que se trata de um projeto de responsabilidade do Governo do Estado. O município realizou o cadastramento de todas as famílias e, no início de dezembro, encaminhou a documentação necessária à gestão estadual, que vai executar um conjunto habitacional destinado aos moradores.
Cozinha Solidária Vila Santa Luzia
Sobre a Ocupação 8 de Março, em Boa Viagem, está em andamento um processo administrativo para declaração de utilidade pública da área, etapa necessária para a futura desapropriação. A Cozinha Solidária Vila Santa Luzia está entre as beneficiadas do Banco de Alimentos do Recife, equipamento gerido pela Secretaria de Assistência Social e Combate à Fome, recebendo hortifruti, raízes, entre outros itens.
A Cozinha também é atendida pelo Programa de Aquisição de Alimentos, uma política pública brasileira que compra alimentos da agricultura familiar para fornecer a pessoas em situação de insegurança alimentar, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e executado no Recife pela SAS.







