Seg, 08 de Dezembro

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Setembro Verde

Motoristas de ônibus do Conorte participam de ação educativa em alusão ao Setembro Verde

Iniciativa foi promovida pelo governo do estado, por meio do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), com o objetivo de estimular a empatia nos condutores

Motoristas de ônibus do Conorte simulam dificuldades vividas por pessoas com deficiênciaMotoristas de ônibus do Conorte simulam dificuldades vividas por pessoas com deficiência - Foto: Divulgação

Cerca de 30 motoristas da empresa de ônibus Conorte participaram nesta terça-feira (16) da campanha “E se fosse você?”, uma ação educativa em alusão ao Setembro Verde, mês dedicado à conscientização da importância da inclusão das pessoas com deficiência.

A iniciativa, promovida pelo governo do estado, por meio do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), tinha o objetivo de estimular a empatia nos condutores, proporcionando uma vivência, ainda que limitada, das dificuldades e barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência visual, mobilidade reduzida ou cadeirantes. 

Na ação realizada nesta terça, os motoristas foram convidados a embarcar nos ônibus utilizando cadeira de rodas, óculos embaçados (para simular a visão de uma pessoa cega) e bengala.

Os condutores também receberam panfletos informativos, com foco no combate ao preconceito e ao capacitismo no transporte, e participaram de uma conversa com os gerentes de Fiscalização, Kathia Sena, e de Terminais, Heron Farias (Terminais).

Entre os temas abordados na conversa estiveram a utilização correta da Plataforma Elevatória Veicular (PEV), os assentos preferenciais, balaústres, cintos de segurança para cadeirantes, condições da lapela, guarda-corpo para cadeira de rodas, cigarra e a comunicação visual voltada à acessibilidade. 

“Estamos fiscalizando para que as leis e normas de acessibilidade sejam cumpridas nos ônibus do Sistema de Transporte Público (STPP/RMR). Isso significa garantir que todos os passageiros, incluindo pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, tenham acesso seguro e confortável ao transporte público. Precisamos dialogar com os motoristas para reforçar a necessidade da empatia, sobretudo no atendimento a esses segmentos”, afirmou Kathia Sena. 

Exercendo a profissão de motorista há 13 anos, o motorista Alexsandro Leitão, de 50 anos, ressaltou a importância em participar de momentos como este.

“Precisamos exercitar a empatia. Muitas vezes não sabemos o que o outro está passando. O nosso papel é fazer bem o nosso serviço e tratar a todos com dignidade. Ter essa consciência é fundamental para melhorar não apenas o nosso dia, mas também o das pessoas com quem transportamos”, destacou Alexsandro.

Vivenciando a rotina de ser motorista de ônibus há dois anos, José Aluízio, 32, acredita que cada dia aprende mais sobre a realidade do passageiro cadeirante ou com mobilidade reduzida. 

“Isso me faz refletir, dia após dia, e também a contribuir para a melhoria da vida dessas pessoas, que já enfrentam tantas dificuldades, seja pelo excesso de carros, pela falta de acessibilidade ou mesmo pela paciência que ainda falta em parte da sociedade. O respeito e a interação no dia a dia ajudam não só os passageiros, mas também a nós mesmos, porque quando tratamos bem o outro, o ambiente se torna melhor para todos. É uma forma de mostrar consideração e humanidade”, comentou.

Com informações da assessoria
 

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