Exploração de jogos de azar, extorsão e morte em operação: SDS expulsa cinco PMs por crimes
Todos os documentos consideraram os policiais citados como "incapazes" de permanecerem integrando a corporação
Portarias da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) publicadas na edição desta terça-feira (16) do Diário Oficial do Poder Executivo determinam a expulsão de cinco policiais militares pela prática de vários crimes.
Segundo as publicações, os policiais foram considerados culpados de exploração de jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis, extorsão, roubo e morte de um jovem durante uma operação.
Todos os documentos consideraram os policiais citados como "incapazes" de permanecerem integrando a corporação. Por isso, foram excluídos das fileiras da Polícia Militar de Pernambuco "a bem da disciplina".
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As exclusões são assinadas pelo secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho Liberato de Mattos e consideram documentos como o Regulamento de Ética Profissional dos Militares do Estado de Pernambuco, Estatuto dos Policiais Militares de Pernambuco e Código Disciplinar dos Militares do Estado de Pernambuco.
Caso 1: jogos ilegais, extorsão e roubo
No primeiro caso, dois soldados e um cabo da PM foram investigados por envolvimento na prática de exploração de jogos de azar em máquinas caça-níqueis.
Um dos soldados era sócio de uma casa de jogos de azar e atuava ilegalmente junto ao outro soldado e ao cabo na apreensão de máquinas similares em casas concorrentes. A finalidade era extorquir e cobrar quantias para evitar apreensão ou para usar as máquinas no seu estabelecimento e até revender os equipamentos.
O procedimento administrativo também cita um episódio em que o cabo participou de um caso de agressão, roubo e ameaça contra o proprietário de um estabelecimento comercial no bairro do Jordão, na Zona Sul do Recife, em novembro de 2015.
Caso 2: morte em operação
O segundo caso é o da explusão de um soldado acusado de atirar em um jovem durante uma operação policial denominada "Bar Seguro", em janeiro de 2020. O caso, que resultou na morte da vítima, aconteceu no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife.
O policial atirou com uma pistola calibre .40 em direção a uma multidão no local alvo da operação, atingindo o jovem.
Caso 3: extorsão
Já o terceiro caso mostra que, entre abril e junho de 2021, um soldado da PM se passou por policial civil, junto a outros dois indivíduos, para extorquir uma vítima no Recife e em Olinda.
O grupo, cita o processo, ameaçava a vítima com uso de arma de fogo para "obter indevida vantagem econômica".
Em um dos episódios, chegou a restringir a liberdade da mulher para obrigá-la a entregar R$ 20 mil. No momento, conseguiram extorquir R$ 2,1 mil e, posteriormente, mais R$ 16 mil e um celular.
O policial foi preso em flagrante, em junho daquele ano, na Avenida Dois Rios, no bairro do Ibura, Zona Sul da capital pernambucana, tentando extorquir a vítima novamente.

