Sáb, 06 de Dezembro

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Futebol

Memórias de 1995, elogios a Hélio e reencontro: Muricy analisa São Paulo x Náutico na Copa do Brasil

Ex-treinador e hoje coordenador técnico do Tricolor comandou os paulistas no primeiro e único encontro entre as equipes na competição, há 30 anos

Muricy Ramalho, ex-técnico do NáuticoMuricy Ramalho, ex-técnico do Náutico - Foto: Léo Lemos/Arquivo Náutico

Adversários na terceira fase da Copa do Brasil 2025, São Paulo e Náutico se reencontram 30 anos depois no torneio. Até então, o único confronto foi em 1995, na primeira fase. Os paulistas eliminaram os pernambucanos com uma goleada por 4x1, nos Aflitos. O Tricolor era comandado por um técnico ainda em início de carreira: Muricy Ramalho. Nome que viria a ser ídolo de ambos os clubes.

Lembrança

"Eu estava começando minha carreira. A lembrança que tenho é de que fizemos um bom jogo na época, com um grande resultado. Foi bem antes da minha história no Náutico", relembrou o treinador. 

E que história: no Náutico, Muricy Ramalho foi bicampeão pernambucano (2001-2002). O passado vitorioso e a relação carinhosa construída com o Timbu fez o hoje coordenador técnico do São Paulo receber o título de conselheiro vitalício do Alvirrubro, além de ter uma placa em seu nome. Fora, claro, os tradicionais aplausos e saudações que recebeu sempre que visitou os Aflitos - mesmo comandando adversários do Timbu.

“Sempre que vou ao Recife sou muito bem recebido pelos torcedores. Todas as vezes que fui aí, treinando outro clube, vi o carinho do Náutico. Pude participar da festa de reabertura dos Aflitos (em 2018). Nossa relação foi construída em um período de um sofrimento danado. Acabei gostando do clube, do lugar e por isso, no fim dos meus contratos, abri mão de alguns valores porque queria deixar algum legado ao Náutico também”, afirmou.

Torcida

Mesmo na correria das atividades na coordenação de futebol do São Paulo, Muricy diz que ainda tenta acompanhar o Náutico. “Fica difícil assistir (aos jogos) por conta do trabalho, mas sempre que tinha tempo eu procurava ver alguns jogos da Copa do Nordeste”, citou, destacando como enxerga o atual momento do clube.

“O maior problema sempre é financeiro. Passar três anos seguidos na Série C é muito tempo para o tamanho do clube. Agora trouxe Hélio dos Anjos, que é um treinador experiente, que já trabalhou lá antes. Ajuda muito ter um profissional assim”, frisou.

Trabalhando no São Paulo, o ex-treinador não esconde que, ao menos na Copa do Brasil, não terá como torcer pela classificação do Náutico. 

“Foi importante o São Paulo ter sido campeão da Copa do Brasil em 2023, mas em time grande a pressão existe sempre e agora o foco é em ganhar de novo. Estamos nos preparando para isso, mas o nosso problema é o excesso de jogos. Por isso tivemos muitos jogadores machucados e a dificuldade de repetir (o time)”, observou, antes de revelar a torcida pelo Náutico em outra competição. 

“Quero desejar sorte na Série C. Gosto muito do clube, continuo tendo amigos lá e sei que o Náutico merece estar em um lugar bem melhor”, completou.

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