Sáb, 06 de Dezembro

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Infarto causou edema pulmonar e choque cardiogênico que levaram militar à morte em corrida no Recife

Jadson fazia circuito de 13 km no "Circuito das Estações Outono"

Sargento Jadson Oliveira morreu durante a corrida das estaçõesSargento Jadson Oliveira morreu durante a corrida das estações - Foto: Cortesia

Após a liberação do corpo do militar da Aeronáutica Jadson Oliveira da Silva, de 41 anos, do Instituto de Medicina Legal (IML), no Derby, Centro do Recife, o laudo apontou como a causa da morte dele “edema pulmonar agudo e choque cardiogênico”.

A informação foi confirmada pela esposa de Jadson, a veterinária Anacy Miranda, também de 41 anos, que disse que um infarto levou a essas duas condições e ao óbito do marido. 

O militar faleceu enquanto disputava a corrida de 13 km do "Circuito das Estações – Outono", no último domingo (27). Ele passou mal na descida da Ponte Paulo Guerra, que liga os bairros do Pina e Cabanga.

Em entrevista à Folha de Pernambuco, Anacy frisou que Jadson não fazia consumo de álcool ou cigarro. “Ele nunca fumou. Na verdade, nem refrigerante tomava”, alegou ela.

De acordo com o cardiologista do Hospital Jayme da Fonte Thomás Mesquita, a principal causa do edema pulmonar é a pressão alta. Ela causa disfunção aguda no coração. Essa insuficiência resulta no edema pulmonar, o que leva ao acometimento do choque cardiogênico.

“O edema pulmonar é tal posição que o coração fica que não consegue trocar oxigênio com o meio ambiente. A gente inspira o oxigênio e esse ar entra nos pulmões, que acabam por não conseguirem devolver esse ar como o gás carbônico. Ou seja, não há troca gasosa. O pulmão, em linhas gerais, fica encharcado”, frisou o especialista.

O médico ainda explicou como se dá a relação entre o infarto e o edema pulmonar agudo e o choque cardiogênico.

"No infarto há interrupção da passagem do sangue pelas artérias coronárias. Se esse sangue não passa, o miocárdio [o músculo do coração] não recebe oxigênio e entra em falência. Essa falência leva ao edema pulmonar agudo e ao choque cardiogênico, que levam à morte", pontuou o cardiologista.

Jadson fazia exercícios físicos
Pouco antes de o corpo ser liberado, Anacy destacou à Folha que o marido fazia exercícios físicos com frequência e era experiente em corridas. Ela destaca que muitas competições o renderam troféus e medalhas.

“Ele vinha participando desses circuitos. Inclusive, viajava para outras cidades para fazer outras corridas. Foi muito inesperado, porque ele não reclamava de nada. Estava se sentindo bem, estava animado. Ele era uma pessoa que se alimentava muito bem, se exercitava regularmente e se cuidava muito em relação aos exercícios. Fazia academia”, relatou ela, mais cedo.

Velório e sepultamento
Amigos e familiares poderão prestar o último adeus ao militar da Aeronáutica ainda nesta segunda (28). O velório e sepultamento de Jadson estão previstos para acontecer no Cemitério Parque das Flores, no Curado, na Zona Oeste do Recife, às 14h e 16h, respectivamente.

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